Mais grata a ti... Sempre vou dizer, mais grata a ti...
Ontem quando voltava da faculdade, tarde da noite, encontrei pessoas e situações que me lembraram um tempo da minha vida. Tempo de indecisão, de incerteza, de medo e angústia.
Hoje, arrumando uns papeis em casa, encontrei uma carta escrita por mim em 2007 onde eu pedia à Deus que não desistisse de mim; que me restaurasse porque desejava estar na sua presença. Ele ouviu o meu clamor e conheceu a sinceridade do meu coração!
Minha história com Deus começou no final da infância, incío da adolescência. Ainda pequena comecei a conhecer o amor e a bondade D'ele em minha vida. Acredito que por ter nascido num lar cristão fui privilegiada, pois logo conheci o "amigo" sempre presente, em meio às dores e medos.
Com o passar do tempo a amizade foi se fortalecendo. Ocorre que em contrapartida, cresceram também as minhas vontades de descobrir o que pra mim era desconhecido. Dessa forma, passei à viver a angústia da indecisão, do coração dividido entre o meu amigo fiel e os meus desejos, e a minha vontade.
Intercalavam-se em minha vida momentos de plenitude na graça de Deus e momentos de ser "eu" com todas as suas implicações. Estava em conflito, dividida entre dois caminhos. Mas queria seguir a minha razão; ansiava viver tudo o que entendia necessário com todas as consequências.
Como eu desejava viver como aqueles que estavam ao meu redor. A última coisa que eu queria era ser diferente. Queria ser como todos eram, e para isso, precisava fazer o que todos faziam e andar como todos andavam. Não podia me conter dentro de mim. E assim que eu tive a oportunidade, comecei a fazer do meu jeito. Porém, em alguns momentos eu chorava de saudade do meu amigo. Tinha medo! Pensava que nunca seria firme; parecia que o meu coração estaria sempre dividido entre Jesus e mundo! Eu amava Jesus o meu amigo, mas amava também o mundo - se é que isso é possível.
Como eu desejava viver como aqueles que estavam ao meu redor. A última coisa que eu queria era ser diferente. Queria ser como todos eram, e para isso, precisava fazer o que todos faziam e andar como todos andavam. Não podia me conter dentro de mim. E assim que eu tive a oportunidade, comecei a fazer do meu jeito. Porém, em alguns momentos eu chorava de saudade do meu amigo. Tinha medo! Pensava que nunca seria firme; parecia que o meu coração estaria sempre dividido entre Jesus e mundo! Eu amava Jesus o meu amigo, mas amava também o mundo - se é que isso é possível.
A carta a qual me referi no início do texto foi escrita num desses momentos de medo. Sentia-me longe. Implorei que o Senhor me resgatasse e tomasse toda a minha vida. Antes que isso acontecesse, eu, efetivamente, tomei as rédeas da situação. Começei a fazer do meu jeito. Era o que eu queria. Então, não pensava mais em Deus, nem nos sonhos, nem nas promessas. Não queria pensar no assunto porque me sentia incomodada como se tudo estivesse fora do lugar.
Assim eu vivi durante 5 anos, período em que tive minha vida em minhas mãos - exatamente como desejava. Até que encontrei a frustração, a dor, a tristeza, a incompreensão e a angústia. Nesses dias de muita dor, meu conhecido amigo se fez presente! Podia ouvi-lo dizer que tinha a cura para as minhas feridas. Ele escutara o clamor do meu coração e os gritos da minh'alma!
Nesses dias eu conclui que o mundo inteiro não valeria a pena se não o tivesse comigo. Entendi que tudo o que eu sempre quis estava nele e que sem ele eu não existia. Não pude resistir a sua voz me chamado à comunhão. Me chamando de volta ao caminho que eu tinha deixado. Ele apareceu quando estava sozinha numa noite fria e escura voltando da faculdade.
Era o momento determinado. Havia chegado à reta final. Sentia que o momento que eu tanto esperara estava diante de mim. Teria que decidir qual caminho seguir. Eu havia tido a oportunidade de experimentar ambos. Conhecia os prazeres de Deus e conhecia os prazeres do mundo. Tinha podido experimentar, ainda que em pequenas doses, o pouquinho do que Deus tinha pra mim e sabia que aquele era o momento de escolher.
Eu decidi. Não pude resistir!
E desde esse dia, o meu coração foi selado e eu posso afirmar diante de todo mundo e sem medo que Jesus Cristo é o meu Senhor e Salvador! Que Ele morreu numa cruz para me salvar! A partir de então, tudo se fez novo. Nova vida! Novo tempo!
Ele perdoou os meus pecados, lavou as minhas vestes, saciou a sede da minh'alma e, para glória do seu nome, firmou os meus pés na rocha! Fez-me firme, como nunca pensei ser. Fez-me forte! Fez-me constante, como eu sempre quis!
Posso dizer - com propriedade de quem experimentou tudo o que desejou - que não há nada melhor do que amar a Deus, do que servi-lo, do que ter uma história com Ele. Eu sou tão grata à Deus pela transformação realizada em mim, por isso sempre hei de cantar: Mais grata a ti!!!
Só quem sabe o que é ansiar por Deus, mas ter um coração divido a ponto de não conseguir sustentar a sua fé que pode me entender. Eu não me reconheço, verdadeiramente ele dá força ao cansado, ele nos faz triunfar firmes para sua glória!
Muito obrigada meu Senhor! Eu te amo com tudo que sou!!!
Antes sendenta, hoje saciada. Antes famita, hoje alimentada. Antes doente, hoje sarada. Verdadeiramente tudo se fez novo!
Se você tem o seu coração dividido, creia que Ele pode te tirar do charco de lodo do pecado e firmar os seus pés na rocha que é Cristo Jesus. Almeje Deus, deseje Ele - independentemente das suas fraquezas, limitações ou pecados -, Ele ouvirá o clamor do seu coração e virá ao teu encontro como fez comigo!
